Equipamento criado por britânicos analisa desempenho de suas criações para aperfeiçoar próximo projeto.
Apesar de a ideia de robôs construírem outros robôs – cada vez melhores – parecer roteiro de filme de ficção, até o momento não é preciso se preocupar com a hipótese de eles “dominarem o mundo”: os “bebês-robôs” são apenas cubos de plástico com um motor dentro.
A mãe-robô cola um ao outro em configurações diferentes, o que lhe permite encontrar sistemas cada vez melhores. Apesar de a montagem ser simples, o trabalho em si é elaborado. A mãe construiu dez gerações de robôs. A versão final conseguiu percorrer o dobro da distância coberta pelo primeiro antes de a sua bateria acabar.
De acordo com Fumiya Iida, da Universidade de Cambridge, que conduziu a pesquisa com colegas da Universidade ETH, em Zurique, um dos objetivos é encontrar novas ideias sobre como seres vivos evoluem.
O cientista acha que uma das grandes questões da biologia é como a inteligência surgiu – e estão usando a robótica para explorar esse mistério. Os cientistas, sempre pensaram em robôs fazendo tarefas repetitivas, já que, tipicamente, são projetados para produção em massa e não customização em massa. Hoje a Ciência busca ver robôs capazes de inovação e criatividade.
Outro objetivo é desenvolver robôs capazes de melhorar e se adaptar a novas situações, de acordo com André Rosendo, que também trabalhou no projeto. No futuro os carros serão construídos em fábricas e robôs procurando defeitos e consertando-os por conta própria.
Os robôs serão usados na agricultura para experimentar técnicas diferentes de colheita, para ver se melhoram o rendimento. O professor Fumiya Iida começou a trabalhar com robótica porque estava decepcionado, já que os robôs da vida real não eram tão bons como os que ele via em filmes de ficção científica como “Guerra das Estrelas” ou “Jornada nas Estrelas”.
Seu objetivo é mudar isso. Para tanto, tira lições do mundo natural visando melhorar a eficiência e a flexibilidade de sistemas de robótica tradicionais. Será que em breve veremos robôs como os da ficção científica que o inspiraram? O cientista diz não terem chegado lá, mas com certeza dentro de trinta anos isso já estará acontecendo.
No Japão, em 2014, cientistas criaram robôs cada vez mais humanos.
Os androides desenvolvidos por um professor japonês conversam, mexem a cabeça, piscam os olhos e movimentam as mãos, podendo ser confundidos facilmente com qualquer pessoa. Por isso não há espanto no fato de em 2015 um robô poder criar novos robôs melhores que eles.
Numa exposição realizada no Museu Miraikan, que fica em Tóquio, no Japão, a atenção do mundo esteve voltada para a mostra. Os dois robôs estão cada vez mais humanos.
Intitulada “Androide: O que é Ser Humano?”, a mostra japonesa revelou dois robôs que apresentavam uma incrível aparência humana. Eles facilmente foram confundidos com qualquer pessoa, já que não só falavam como também se expressavam de maneira semelhante aos humanos.
Além disso, eles tinham o tamanho real de um ser humano, músculos artificiais e pele feita com silicone, o que contribuiu ainda mais para que se passassem por pessoas, sem maiores dificuldades.
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