A história de “Perdido em Marte”, filme de Ridley Scott que estreou neste novembro/2015 no Brasil, assim como o livro best-seller de mesmo nome, gerou a superprodução estrelada por Matt Damon. A telona mostra uma história mais científica do que ficção, exaltando a importância da ciência como conhecimento e não apenas como contexto de uma história.
“Perdido em Marte” é tão leve e divertido que nem parece dirigido por Ridley Scott, cineasta conhecido por seus filmes épicos e por duas das maiores produções de ficção científica de todos os tempos, “Alien” (1979) e “Blade Runner” (1982).
Após ser dado como morto em uma missão a Marte, Mark Watney não joga a toalha e espreme seus conhecimentos para sobreviver no planeta vermelho até a próxima expedição chegar, plantando batatas em solo infértil e até catalisando água.
Ao mesmo tempo, ele é o astronauta mais “gente como a gente” que você vai ver no cinema por um bom tempo. Apesar do peso de sua inteligência, Watney é bem-humorado e lida com seu abandono de forma muito espirituosa. É bem difícil não simpatizar com a causa, já que ele consegue tratar de sua condição com leveza e sarcasmo invejáveis.
Sobre as locações onde foram feitas as filmagens
No início de novembro a Nasa divulgou uma coleção de fotografias mostrando como são as locações reais citadas no filme “Perdido em Marte”, do diretor Ridley Scott.
O romance no qual o filme foi baseado usa nomes de regiões que foram efetivamente batizadas por astrônomos para o pouso das missões tripuladas fictícias descritas na história.
A missão “Ares 3” pousou na planície de Acidalia, mostrada na foto acima e aqui abaixo, em imagens da sonda MRO (Mars Reconaissance Orbiter).
As fotos, que estão no último pacote de imagens liberado pelos controladores da sonda, também incluem uma imagem do solo na planície Schiaparelli, mostrada aqui abaixo, local de pouso da missão “Ares 4”.
A cratera Mawrth, também citada no romance que originou o filme, aparece em outra foto da MRO.
A borda da cratera não é muito clara e só pode ser vista pelo padrão de sombreamento. Marcas de impacto menores dentro da grande cratera são mais visíveis.
Assim, fica patente que às vezes a ficção supera ciência.
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