A prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-SP) e do banqueiro André Esteves cancelou a pauta de votações do Congresso e os parlamentares não aprovaram o projeto que reduz a meta de superávit primário do governo de R$ 55,3 bilhões para um déficit de R$ 51,8 bilhões. Com isso, a presidente Dilma Rousseff está em xeque: ou descumpre orientação do Tribunal de Contas da União, já que a meta fiscal em vigor não será atingida, ou baixa decreto com cortes que praticamente paralisariam o governo. O prazo final para a decisão é segunda-feira.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pressiona o governo a editar o decreto com novos cortes no Orçamento, que levariam à paralisação de todas as obras e demais despesas não obrigatórias.
No Planalto, a área política entende que um novo corte poderia “dar um susto” no Congresso e apressar as votações do ajuste. O Planejamento é, por enquanto, uma voz isolada e considera que a suspensão dos pagamentos do governo pode ter consequências desastrosas.
fonte: Valor Econômico
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