O calor concentrado no corpo da borboleta, que aquece seus músculos e permite que o inseto levante voo mais rapidamente, é maior com uma angulação de asas de 17 graus.[Imagem: Katie Shanks et al. - 10.1038/srep12267] Na produção de energia termossolar - a energia solar convertida em calor - normalmente usam-se concentradores em formato curvo.
Concentradores são espelhos que concentram o calor em canos no interior dos quais um líquido é aquecido e usado para gerar eletricidade.
Mas parece que há formas mais eficientes de se construir coletores termossolares.
Observando como as borboletas usam a luz do Sol e as suas asas para aquecer seus músculos antes de levantar voo, Katie Shanks e seus colegas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, concluíram que a postura em “V” é crucial para um melhor aproveitamento da energia solar.
Segundo a equipe, se os painéis solares aproveitarem o mesmo mecanismo, seu rendimento pode aumentar em até 50%.
A técnica usada pelas borboletas para se aquecer mais rapidamente é chamada pelos biólogos de “aquecimento por refletância”, e é facilmente observável em dias nublados, quando a intensidade do calor solar é menor e, portanto, precisa ser melhor aproveitado.
Além disso, microestruturas nas asas das borboletas permitem que a luz seja refletida de forma mais eficiente, garantindo que os músculos atinjam uma temperatura ótima muito rapidamente.
A equipe concluiu que é possível construir uma estrutura para concentrar a energia solar com alta eficiência usando um material com refletância ótima com folhas postas em formato de V inclinadas a 17º.
O calor obtido da luz concentrada nessa angulação é 7,3º C mais elevado do que se os refletores forem mantidos na posição plana.
Célula fototermossolar aproveita luz e calor do Sol
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