Finalmente a verdade parece clarear. Enquanto empanada nos meandros do medo, os brasileiros continuariam sem saber o início dessa degradação, a que vem vivendo o Brasil.
Paulo Roberto Costa o delator do esquema de desvio de recursos da Petrobras para pagamento de propina a partidos políticos afirmou, em sua delação premiada na Operação Lava Jato e em depoimentos à CPI da Petrobras, ter feito repasses de R$ 2 milhões à campanha de Dilma Rousseff em 2010.
Segundo ele, o valor teria saído da cota do PP no esquema de desvio de verbas em contratos da Petrobras. O pedido teria sido feito pelo tesoureiro do PT, João Vaccari.
O juiz responsável designado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ouvir o depoimento veio de Brasília.
O advogado do ex-diretor da Petrobras, João Mastieri, confirmou o depoimento para terça-feira, 2 de junho. Segundo ele, será uma oitiva sobre as declarações referentes à campanha e outros temas. Não definiu maiores detalhes.
Dilma e Lula, segundo polêmica reportagem de capa publicada pela revista Veja às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, foram acusados pelo doleiro Alberto Youssef de conivência com o bilionário esquema de corrupção descoberto na Petrobras.
Todos os acusados negam qualquer envolvimento com práticas ilícitas na Petrobras ou em outras áreas governamentais, inclusive a presidente Dilma Roussef e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente Dilma Roussef foi citada 11 vezes nos 190 termos dos depoimentos dados por Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, os dois principais delatores da Operação Lava Jato.
A presidente Dilma Rousseff foi citada nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Mas o Supremo Tribunal Federal concordou com a conclusão da procuradoria-geral da República de que, no caso dela, não há nem arquivamento, nem investigação.
O nome de Luiz Inácio Lula da Silva só não figurou ainda entre os cotados a prisão no desdobramento da Operação Lava Jato, conforme dois delegados federais, para não desmoralizar, completamente, a figura institucional da Presidência da República. Inobstante o doleiro Youssef ter afiançado, com todas as letras, em sua delação premiada que Lula ordenou pagamento a agência que ameaçava denunciar a corrupção.
Em breve, os escândalos vão atingi-lo. Provas documentais vindas da Suíça e da Holanda, com aval do Departamento de Justiça dos EUA (que investiga a Petrobras) serão letais para os corruptos. Se a justiça brasileira não chegar às provas necessárias para a inclusão dos nomes de Lula e de Dilma Roussef, como partícipes da Operação Lava Jato, será atropelada por processos advindos de outros países, que o farão.
Aliás, Dilma Roussef, em dezembro de 2014, foi citada em ação nos Estados Unidos contra a Petrobras. O escritório Labaton Sucharow que representa Providence, capital do estado de Rhode Island, em uma ação contra a Petrobras e duas de suas subsidiárias, adotou uma estratégia jurídica agressiva: incluiu a presidente Dilma Roussef e mais 11 autoridade públicas e empresários na condição de “pessoas de interesse na ação”. Naquele 2014 o escritório Labaton Sucharow não tinha interesse em transformá-los em réus no processo, porém, tudo dependeria do desenrolar dos fatos e de provas a serem coletadas.
Tal avaliação foi feita por um grupo de magistrados que acompanha, em Berlim, na Alemanha, os desdobramentos imediatos do cumprimento, dos mandados judiciais de prisão ou coerção temporária e das inúmeras ordens de busca e apreensão de documentos em grandes empreiteiras suspeitas de superfaturar margens de lucro em obras e serviços com o governo, principalmente nos contratos com a Petrobras, para distribuir corrupção a políticos, lavando bilhões de dólares no Brasil e no exterior. Esta é a obra da condução judicial do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba.
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