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Channel: Artigos – Sylvia Regina Pellegrino
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Órgãos cultivados em laboratório são implantados com sucesso

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coracao-transplanteÓrgãos genitais implantados em quatro meninas estão funcionando normalmente até oito anos depois do procedimento, relatam estudiosos na revista The Lancet.

Este estudo piloto é o primeiro a demonstrar que os órgãos genitais podem ser fabricados em laboratório e implantados com sucesso em seres humanos, afirmou o pesquisador-chefe do projeto, Dr. Anthony Atala, diretor do Instituto de Medicina Regenerativa do Centro Médico Wake Forest Baptist. Isso pode representar uma nova opção para pacientes que precisam de cirurgias reconstrutivas vaginais. O estudo também mostrou como as estratégias da medicina regenerativa podem ser aplicadas a uma grande variedade de tecidos e órgãos.

Células e tecidos musculares dos órgãos genitais de cada paciente foram usados para fabricar uma estrutura em forma de vagina. Em seguida, os cirurgiões criaram um canal na pelve para costurá-la. Uma vez que esta estrutura é introduzida no corpo, as células formam um suporte permanente ao seu redor, criando um novo órgão.

Atualmente as células-tronco humanas são utilizadas para criar órgão funcional.  O uso de células-tronco para a regeneração de órgãos e possível cura de algumas doenças está sendo cada vez mais estudado por cientistas, que estimam um futuro promissor para a resolução de muitos males.

Em um novo experimento, pesquisadores japoneses — da Universidade da Cidade de Yokohama — conseguiram criar, a partir de células-tronco humanas reprogramadas, “brotos” de fígados em fase inicial de desenvolvimento, que foram transplantados com sucesso em camundongos e se tornaram órgãos funcionais. Nos seres humanos, esse conjunto de células é formado logo no início da gestação, entre a quinta e sexta semana.

De acordo com informações da revista Nature, os cientistas trabalharam com células-tronco de pluripotência induzida (iPS), que foram criadas a partir da reprogramação de células adultas, sendo mais versáteis do que as embrionárias. Isso porque elas têm uma melhor capacidade de se diferenciar nos tecidos e nas células, adaptando-se a cada órgão.

Dessa forma, quando elas foram implantadas nos ratos como um broto hepático, elas se integraram para se transformar em um fígado completo. Para chegar a esse aglomerado de células em que se formou o pequeno fígado, os cientistas coletaram células comuns do órgão, as quais foram misturadas com células mesenquimais retiradas da medula óssea, além de uma parte derivada de vasos sanguíneos.

Esse conjunto de células foi colocado em cultura e formou estruturas tridimensionais com genes muito semelhantes aos observados em um desenvolvimento inicial normal do fígado. Após três dias do transplante nos ratos, os especialistas confirmaram que as células já haviam se integrado com o fornecimento de sangue e começaram a se proliferar. Essa reação continuou por até dois meses, se tornando vascularizado e cada vez mais similar a um fígado adulto.

A descoberta sugere que o uso de células-tronco de várias fontes para recriar um órgão embrionário (que irá se desenvolver dentro de um adulto) é muito promissor.


Arquivado em:Artigos Tagged: órgãos cultivados, órgãos genitais, cirurgias reconstrutivas, estudiosos, fabricados em laboratório, implantados, laboratórios, revista The Lancet, sucesso

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