O LinkedIn não é um mero depósito de currículos, como muitos podem pensar. É, isto sim, uma ferramenta para fazer marketing pessoal e até conquistar oportunidades profissionais. Em especial, dependente de sua maneira certa em se relacionar com os recrutadores.
Um ranking recente apontou as empresas mais populares entre os brasileiros na rede em 2014/2015. Entre outros índices de engajamento, foram considerados números como seguidores da empresa, visualizações de perfis de funcionários e visitas à página de carreiras e vagas.
As três primeiras colocadas, Vale, TAM e Natura, para entender o que esperam do comportamento de potenciais candidatos pela rede. A seguir, veja os conselhos de cada uma:
Vale: 1º lugar
Com mais de 313 mil seguidores no LinkedIn, a Vale é a empresa mais popular entre os brasileiros na rede social. Para engajar profissionais, aposta em atualizações constantes. “Respondemos aos usuários rapidamente”, afirma Cíntia Magno, gerente de educação, recrutamento e seleção da empresa.
O interesse por vagas abertas na Vale é a motivação por trás da maioria das interações com a empresa no LinkedIn. No entanto, a gerente também recomenda acompanhar o conteúdo da página da mineradora, atualizada quatro vezes por semana.
Cíntia explica que o tema das conversas com a Vale não se resume a processos seletivos: também entram em pauta assuntos como meio ambiente, relação com a comunidade e até ações na bolsa.
Aos candidatos em potencial, ela recomenda manter o perfil atualizado, obter recomendações de outros usuários e, sobretudo, tomar alguns cuidados básicos na hora de interagir com a empresa no site.
No LinkedIn, a empresa espera que o profissional apresente um comportamento adequado ao contexto profissional e muito parecido com o adotado numa entrevista de emprego. “Deve haver uma interação saudável”, diz ela.
TAM: 2º lugar
A página oficial da TAM no LinkedIn, com seus mais de 192 mil seguidores, é uma das suas principais fontes de recrutamento, segundo Cibele Castro, vice-presidente de gestão de pessoas da companhia aérea.
Como no caso da Vale, a maior parte das interações travadas com a TAM envolve profissionais de olho em vagas da empresa. A recomendação de Cibele, no entanto, é que os interessados usem o canal também para conhecer mais sobre a companhia.
“O grande diferencial no momento da entrevista é perceber que o candidato conhece a TAM e está interessado no negócio em que quer atuar”, diz a executiva. Por esse motivo, ela recomenda que os interessados busquem notícias e informações sobre a empresa no LinkedIn ou outros canais oficiais.
A página da TAM no LinkedIn serviu como porta de entrada para Soani Vargas – sem que ela sequer tivesse se candidatado à vaga. Contratada para área de treinamento e e-learning, ela conta que acompanhava a empresa em diversas redes sociais, mas nunca como candidata a alguma oportunidade. “Foi a TAM que entrou em contato comigo”, diz.
Para Soani, mostrar no LinkedIn que você tem compatibilidade com a cultura da empresa faz toda a diferença. “Minha recomendação é que o profissional demonstre ter os mesmos valores da empresa no seu perfil”, afirma.
Natura: 3º lugar
De acordo com Fátima Rossetto, diretora de desenvolvimento e educação da Natura, a página da empresa no LinkedIn – que já acumula mais de 208 mil seguidores – serve principalmente como um canal de troca de mensagens e conteúdos com usuários.
“Olhamos sempre as manifestações, comentários, críticas e sugestões com atenção e buscamos sempre agir sobre cada uma delas”, afirma. Segundo ela, o canal serve para divulgar a cultura da empresa e aproximar profissionais que se identificam com ela.
Por esse motivo, os interessados podem – e devem, garante Fátima – acompanhar os conteúdos da página, mandar emails e até se conectar com os funcionários da Natura pela rede social.
A aproximação pelo LinkedIn pode até virar contratação. Foi o caso de Vítor Cunha, atual gerente de inteligência de mercado da empresa. “Identificamos o perfil do Vítor e iniciamos algumas conversas pela própria rede”, diz Fátima. As conversas virtuais logo evoluíram para as presenciais e ele acabou sendo admitido.
A principal expectativa da diretora é que os candidatos sejam transparentes na rede social. “Esperamos que a pessoa reflita de verdade aquilo que é, faz e acredita. Assim conseguimos identificar com mais precisão se é o profissional certo para a posição que temos disponível”, diz.
Baseada em artigo da revista Exame
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